quinta-feira, março 24, 2011

Quinta das Bágeiras Garrafeira 2001 prova qualidade de vinhos velhos

O artigo que Luís Antunes assina no Diário Económico da última sexta-feira, dia 18, debruça-se sobre a temática "os velhos e os trapos", contrariando a ideia de que um vinho com décadas de existência possa não ter qualidade. Como não poderia deixar de ser, encontrou na Bairrada a prova desta convicção.
No que respeita aos tintos, o autor refere que "acontece que por vezes há surpresas, e mesmo os médios vinhos aparecem 20 anos depois (ou 30, ou por vezes 40) numa forma magnífica."
Um dos exemplos que dá são precisamente "alguns grandes Bairradas, ácidos e adstringentes em novos, duros e violentos, que os anos trazem para um patamar de inacreditável elegância."
Entre os três vinhos, todos de 2001, com que ilustra esta ideia, está um Bairrada, o Quinta das Bágeiras Garrafeira 2001. Está ciente de que os três recomendados "eram caros quando saíram, são mais caros ainda hoje. Mas que vinhos! Estão num ponto excecional de consumo, e ainda vão continuar a envelhecer por mais outros 10 anos sem problemas." O autor vai mais longe e pontua mesmo todos eles com 18 valores.
Ainda sobre este Bairrada tinto produzido por Mário Sérgio Alves Nuno, destaca que é "perfumado, com fruta preta densa, fechado, especiarias e chocolate, um pouco de eucalipto, complexo e elegante. Denso na boca, sedoso e encorpado, taninos finos, muita tensão até ao longo final." Tem um preço aproximado de 60 euros. 

(texto escrito segundo o novo acordo ortográfico)

in: bairrada-wines.com

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