A Estação de Avisos da Bairrada alerta, em circular datada de 10 de Maio, para novos cuidados que se impõem na vinha. No que diz respeito ao míldio, o Aviso Agrícola refere que "a chuva ocorrida no fim-de-semana encontrou, na maioria dos casos, a persistência do produto aplicado no seu termo."Atendendo à "existência de algum inoculo de míldio na natureza e visto as vinhas se encontrarem em fase de grande crescimento activo", aquele serviço aconselha "um novo tratamento antes do dia 20, com um fungicida sistémico".
Já na circular anterior, datada de 27 de Abril, os cuidados a ter ao nível do míldio estavam em destaque. As condições meteorológicas favoráveis à ocorrência das primeiras infecções conduziram ao aparecimento das primeiras manchas em algumas vinhas da região. Os viticultores eram então alertados para realizar "de imediato, o primeiro tratamento anti-míldio, dando preferência a um produto de acção preventiva e curativa."
Ao nível da prevenção ao oídio, a Estação de Avisos da Bairrada alerta os viticultores para "manter a cultura protegida." Recorde-se que a circular anterior aconselhava a "adição de um fungicida anti-oídio, à calda anti-míldio."
Primeiros sintomas de black-rot detectados na região
Alerta ainda nesta circular para o black-rot. " A intensificação, nos últimos dias, do aparecimento de manchas nas folhas e pedúnculos, sugere vigilância e a opção por um anti-míldio ou anti-oídio" com eficácia também nesta doença.
O black-rot tem vindo a aumentar nas vinhas da região, tendo já sido encontrados os primeiros sintomas nas folhas. Evidencia-se pelas "pequenas manchas vagamente circulares ou poligonais, acastanhadas, com um rebordo escuro e repletas de pontos negros minúsculos no seu interior (picnídeos)."
O tratamento deve incluir "fungicidas do grupo dos ditiocarbamatos, estrobilurinas (grupo dos QOI) e azóis ), usados para o combate a míldio e/ou oídio. São adequados protectores contra o Black-rot, sendo de privilegiar em vinhas vulneráveis e onde já tenham sido observados sintomas foliares da doença."
Para combater esta doença já estão homologados dois fungicidas: azoxistrobina (QUADRIS) e azoxistrobina + folpete (QUADRIS MAX).
No que diz respeito à traça da uva, a fraca intensidade do vôo da primeira geração aconselha a não realizar qualquer tratamento. O Serviço de Alertas da Bairrada recomenda o viticultor a aguardar por nova informação.
A circular remata lembrando os viticultores que " as operações de supressão de lançamentos ou pâmpanos, seguidas de uma correcta orientação da vegetação, são fundamentais à criação de óptimas condições, não devendo ser esquecidas."
in: bairrada-wines.com
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