A Confraria gastronómica do Leitão da Bairrada, numa parceria com a Turismo do Centro e a ACIB (Associação Comercial e Industrial da Bairrada), e com o apoio de um conjunto de casas da região, como o produtor de vinhos Bairrada Quinta das Bágeiras , uniram-se para prestar tributo a uma iguaria da região.
Os Amores da Curia vão renascer na próxima quinta-feira, dia 15 de Julho. O Hotel Palace da Curia recebe diversas figuras, de dentro e fora da região, para o workshop "Renascer os Amores da Curia."
A iniciativa decorre entre as 15H00 e as 18H00. Arranca com uma recepção aos convidados no hall do hotel, seguida de check-in e entrega de documentação.
Cerca de meia hora depois acontece a formação da mesa e têm início os trabalhos propriamente ditos. Primeiro, com uma apresentação dos Amores da Curia, seguida de algumas intervenções. É então tempo de uma demonstração do fabrico desta iguaria, pelas mãos do chefe Rui Jesus.
Para as 16H30 está marcado um desafio a todos os chefes presentes. Vão ser convidados a criar sobremesas para o sector de restauração e hotelaria, tendo como base "Amores da Curia."
Cerca de uma hora depois acontece um dos momentos mais aprazíveis ao paladar. É o início da prova da iguaria mais típica da Curia. Os trabalhos encerram quando forem 18H00.
Entre os chefes de cozinha convidados para o workshop figuram nomes bem conhecidos, como o de Hélio Loureiro, Helmut Ziebell, Marco Gomes, José Avillez, Orlando Esteves, Carlos Pimentel, José Cordeiro, Luís Lavrador, Orlando Castro e Paulo Queiroz.
Estão ainda convidadas entidades ligadas ao ramo da pastelaria, hotéis, restaurantes, associações e câmaras.
Iguaria mantém receita original mas ganha novo formato
A Confraria Gastronómica do Leitão da Bairrada quer fazer "renascer este pastel, respeitando a receita original mas aproveitando a forma de coração, criada por Paulo do dissolvido Mercado Bar", informa esta colectividade.
Recorde-se que os "Amores da Curia" são pastéis rectangulares de massa folhada finíssima recheada de doce de ovos-moles e polvilhado com açúcar pilé.
Reza a história que a criadora desta iguaria terá sido a alemã Emília Wissmann, vinda para Portugal, ainda jovem, pela mão do seu tio Conrad Wissmann, cozinheiro-pasteleiro no Palace do Buçaco.
Com o desenvolvimento das termas, Emília Wissmann abriu a Pastelaria Bijou dentro do Parque, onde ainda hoje se encontra. Foi lá que começou a vender a doçaria que confeccionava para o seu Grande Hotel da Curia e também para o Palace da Curia: pastéis folhados, argolinhas doces e línguas de gato entre outros.
Os pastéis folhados, que eram de forma rectangular, julga-se que, inicialmente, tiveram o nome de Delícias.
Pela muita procura que tinham pelos pares de namorados que da zona de Anadia iam namorar para o Parque, e que os consumiam nos seus lanches, tomaram o nome de Amores da Curia.
in: bairrada-wines.com
Sem comentários:
Enviar um comentário