Quatro produtores da Bairrada viram hoje (dia 17) reconhecido o trabalho que têm desenvolvido nas suas vinhas, na final do concurso "As Melhores Vinhas da Bairrada em 2010" , realizada no auditório da Estação Vitivinícola da Bairrada, em Anadia.
O júri deliberou entregar o primeiro prémio a Dulcinea dos Santos Ferreira, pela parcela Figueira da Costa (casta Merlot). Já Manuel dos Santos Campolargo conquistou o segundo prémio com a parcela Lezírias/Termeão (casta Touriga Nacional).
O terceiro lugar deste concurso foi entregue a dois produtores, a António Gilberto Martins Costa , pela parcela Inteiriços (casta Baga), e a Avelino Reis dos Santos & Filhos, Lda., pela parcela Cardosas (casta Touriga Nacional).
O concurso "As Melhores Vinhas da Bairrada em 2010" é desenvolvido em parceria entre a Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) e a Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro).
O presidente da CVB fala em dois objectivos desta iniciativa que pretende, por um lado, "estimular a produção de matéria-prima de excelência" e, por outro, a "promoção do intercâmbio entre os participantes."
João Casaleiro lembra que "resolvemos em 2009 fazer um interregno para reflectir. Para que o concurso não caísse na rotina." As conclusões a que chegaram confirmaram que "que estava no caminho certo, que era para manter."
O relançamento da edição foi anunciado há um ano atrás e surgiu com um conjunto de sessões práticas e de formação que foram acontecendo ao longo de 2010, em Janeiro, Março e Maio.
Vinhas abandonadas vão ser penalizadas
Concorreram nesta edição 18 candidatos ao prémio, cujas vinhas foram visitadas em Maio, Julho e Setembro deste ano. César Almeida, presidente do júri, fala em "muito profissionalismo" e "vinhas mais cuidadas" no balanço final do trabalho que acompanhou.
Numa análise dos aspectos que marcaram 2010, refere uma diferença na precipitação, o abrolhamento mais tardio, bem como o rápido crescimento da vegetação e os sintomas de míldio e black-rot no final de Abril, esta última com sintomas diferentes. È ainda de salientar uma produção superior a 2010, com um crescimento na ordem dos 15 a 20 por cento.
Já as parcelas deixadas ao abandono na região também foram hoje focadas, enquanto focos de propagação do black-rot. O presidente da DRAP Centro lembra que há legislação a ser preparada e que vai trazer "penalizações muito fortes a quem tem culturas abandonadas". José Santos adianta que as contra-ordenações serão aplicadas "anualmente e com agravamento."
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