A Adega Luís Pato foi esta tarde (dia 6) o palco onde os formandos do 53.º Curso Intensivo de Conservação, Estabilização e Engarrafamento de Vinhos puderam conhecer de perto mais sobre a temática que motiva o curso.
Numa visita conduzida pelo próprio Luís Pato, os participantes tiveram oportunidade de ouvir falar sobre alguns pormenores da região, das vinhas e das instalações desta casa, bem como dos tipos de vinho e as formas de produção.
Luís Pato destacou ainda algumas características do mercado nacional e internacional, sem esquecer aspetos que diferenciam esta zona das restantes. "Poucas regiões do mundo conseguem fazer isso", sublinhou, referindo-se às provas que se podem fazer aqui, colocando vinhos recentes ao lado de vinhos com vários anos.
Pelo meio não faltaram as questões dos próprios formandos, que Luís Pato foi respondendo.
No final, tempo para uma prova com os espumantes Luís Pato Baga, Luís Pato Maria Gomes 2009 e o vinho Abafado Molecular rosé 2009 . Luís Pato convidou-os ainda a degustar um "Pato Real", uma mistura do espumante branco Maria Gomes com o Abafado Molecular rosé.
Um dos anos de maior afluência
Esta foi uma "oportunidade de contactar com uma das figuras do mundo do vinho português", destaca José Carvalheira, um dos formadores deste curso. Afinal é um produtor que "tem a particularidade de perceber hoje o amanhã."
O 53.º Curso Intensivo de Conservação, Estabilização e Engarrafamento de Vinhos termina amanhã, dia 07, depois de uma semana inteiramente dedicada a um conjunto de palestras teóricas e práticas de laboratório e adega.
Os temas base da enologia continuam a manter-se nesta iniciativa, que, de ano para ano, procura tratar os "temas mais recentes em cada domínio", apresentando as novas práticas que surgem.
José Carvalheira faz já um "balanço muito bom, quer pela afluência, quer pela motivação e interesse dos formandos." Os 47 participantes tornam este curso um dos mais participados. A eles juntaram-se ainda, num dos dias, 26 alunos de uma escola de Porto de Mós.
Cerca de metade dos participantes são da região da Bairrada. Os restantes provêm de regiões que vão "desde os Verdes, até à Estremadura."
Diversificadas são também as formações de cada um. O curso foi procurado por enólogos, produtores, pequenos viticultores, elementos de laboratórios e até por um formador com experiência enquanto escanção.
Quanto aos motivos que justificam esta afluência, José Carvalheira salienta que em "época de dificuldades, de menos trabalho", as pessoas "procuram valorizar-se." Outra razão pode dever-se "eventualmente também porque reconhecem qualidade."
(texto escrito segundo o novo acordo ortográfico)
Sem comentários:
Enviar um comentário