terça-feira, novembro 30, 2010

Fugas encontrou na Bairrada vinhos para todos os gostos neste Inverno

Há vinhos tintos Bairrada, há vinhos brancos Bairrada, há espumantes Bairrada, há castas da Bairrada, há produtores da Bairrada e ainda mais Bairrada no especial de 84 páginas da Fugas que o jornal Público publicou no último sábado, em parceria com a Revista de Vinhos.
A primeira referência à região surge logo nas primeiras páginas desta edição especial, num trabalho onde João Paulo Martins foi à procura de "20 belos tintos (por menos de dez euros)".
Encontrou um exemplo na Bairrada destes néctares que "nos podem surpreender e dar grandes momentos de prazer a menos de dez euros." O seleccionado é o Rol de Coisas Antigas Bairrada tinto 2008 , produzido por Manuel dos Santos Campolargo .
A nota explica que "as 'coisas antigas' são castas que nalguns casos caíram em desuso e que este produtor não quer deixar morrer." Quanto ao vinho em si, este conhecido crítico refere que o aroma "é de vinho fácil e elegante, com a fruta em bom plano. Também na boca se nota um perfil acessível e muito polivalente em termos gastronómicos." É recomendado para acompanhar pratos de carne.
O nome Campolargo volta a estar presente nesta publicação num trabalho sobre "castas portuguesas, sim ou não?". Carlos Campolargo assina um texto onde defende que "não só, mas também."
Este produtor-engarrafador explica que "o vinho é um produto historicamente situado, muda com a marcha do seu produtor e consumidor, o Homem." Entende por isso que "não há nacionais ou estrangeiras: as videiras são viajantes, emigrantes que tomaram características das terras onde se instalam de novo, do seu clima e do seu subsolo e, sobretudo, do vinhateiro que as cruzas com outras e as trata de forma diferente da origem."
Carlos Campolargo sublinha ainda que "dito isto, contudo, desafio alguém a provar mais afecto às ditas nacionais que o demonstrado no nosso Rol de Coisas Antigas." É afinal um vinho resultante de "sete castas plantadas separadamente, vindimadas no ponto exacto de maturação de cada uma, longamente maceradas e fermentadas em conjunto." 
 
Quatro "Bagas Fora de Série"
 
É uma casta bem característica da Bairrada que dá o mote a outro trabalho desta publicação. A Fugas foi descobrir que "afinal, a Baga tem friends", com os recém-apresentados Baga Friends.
São quatro páginas que a edição dedica a este grupo de produtores que se uniram para defender o prestígio da casta Baga. Mais do que conhecer cada um dos produtores envolvidos neste projecto, o trabalho explica os motivos desta união e apresenta algumas especificidades da casta Baga.
Esta é ainda uma oportunidade para conhecer "alguns Bagas Fora de Série." O Quinta das Bágeiras Garrafeira tinto 2005 , produzido por Mário Sérgio Alves Nuno é um deles. é apresentado como um "grande tinto, profundo, intenso, nervoso, e sólido, como muito poucos tintos do Mundo."
A segunda sugestão é o Sidónio Sousa Bairrada Garrafeira tinto 2005. Este vinho, "o último de uma vinha velha que já não existe", é "um grande tinto que preferirá consumir a partir de 2015."
E porque "Baga e Luís Pato são praticamente sinónimos e o prestígio internacional do produtor foi desde sempre assente nesta casta",a Fugas não poderia deixar de sugerir um vinho deste produtor da Bairrada. O escolhido é o Vinha Barrosa Bairrada tinto 2008.
A última das quatro sugestões nesta secção é o "k" Private Colection Bairrada Baga tinto 2005, produzido por Kompassus. É um vinho que "mostra o lado mais sensual da casta Baga, sem contudo lhe retirar o músculo, o nervo e o fabuloso carácter desta variedade."

Brancos da Bairrada que "combinam com o Inverno"
 
Rui Falcão foi nesta edição à procura de "brancos que combinam com o Inverno" e também encontrou três na Bairrada, na selecção que apresenta. Escolheu o Frei João Reserva branco 2009, o Encontro 1 2008 e o Quinta das Bágeiras Garrafeira 2008 para apresentar entre os vinhos "mais densos e encorpados, capazes de valorizar a cozinha pesada do Inverno."
O primeiro, produzido pelas Caves São João , é apresentado com um preço de venda ao público na casa dos nove euros. Rui Falcão encontrou um vinho que é "um bom branco em qualquer parte do mundo, com condições para poder viver mais de uma década em garrafa."
O segundo branco Bairrada, produzido pela Quinta do Encontro, tem um custo que se situa nos 20 euros. Trata-se de um "branco de Inverno que ganhará se bebido em c opo de tinto, onde poderá expressar melhor a sua dimensão."
A fechar os vinhos Bairrada neste guia de Compras está "um dos melhores brancos portugueses", o Quinta das Bágeiras Garrafeira 2008, produzido por Mário Sérgio Alves Nuno.
Na nota de prova, este Bairrada recebe rasgados elogios. "É um branco sério e sem artifícios barrocos, rigoroso e de compasso tranquilo, puro e cristalino, capaz de envelhecer em garrafa durante mais de duas décadas." Resume apresentando "um vinho incomparável e irreproduzível." O preço ronda os 12 euros.

Um exemplo no berço dos espumantes 
 
As referências à Bairrada encerram com outro trabalho de Rui Falcão dedicado aos espumantes. O Quinta dos Abibes Arinto & Baga Extra bruto 2008 , produzido pela Quinta dos Abibes , é aqui o representante da Bairrada, a região onde afinal "os primeiros espumantes nacionais nasceram, numa história longa que nu nca se perdeu."
A nota deste vinho, produzido por uma casa jovem mas que conseguiu "captar a verdadeira essência dos vinhos espumantes", apresenta um "bom espumante da Bairrada, seguro de si, capaz de acompanhar uma refeição, da entrada à saída."
O preço situa-se nos oito euros.
 



in: bairrada-wines.com

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