quinta-feira, novembro 25, 2010
Papel das redes sociais destacado ao nível do Enoturismo
Facebook, blogs, skype, website, newsletter, os termos ingleses, que já se integraram no vocabulário nacional, foram hoje (dia 25) destacados enquanto canais repletos de potencialidades ao nível do enoturismo, na acção de sensibilização "Da produção vitivinícola ao enoturismo."
João Azevedo Mendes, da Herdade da Malhadinha, esteve na Bairrada a contar a experiência desta casa alentejana ao nível do enoturismo, dando especial destaque à "importância das redes sociais."
Estas redes e comunidades virtuais "têm um potencial que não fazemos ideias", sendo que "vão directas ao assunto" e "não enchem a caixa de correio." Outra das grandes das vantagens destas ferramentas de divulgação de informação assenta no facto de "não terem custos." Certo é que "a mensagem passa."
No caso do Facebook as potencialidades parecem ser ainda maiores. João Azevedo Mendes lembra que este é já o espaço na Internet mais visitado. É afinal "uma fonte gigante", de potencialidades, que o próprio confessa não conhecer em toda a sua extensão.
Destaca ainda o facto de a Internet estar hoje "em todo o lado", acessível até no telemóvel.
"Falta de coordenação e de oferta que seja suficiente a nível regional"
"Simplificar" é a palavra de ordem no que diz respeito a um bom website, alerta este responsável. Informações como os contactos e as promoções devem estar "fáceis de identificar."
É também "muito importante a questão das línguas." Uma informação disponibilizada em português e inglês "é o mínimo" que se exige. João Azevedo Mendes refere ainda a atenção que os mercados da Ásia e da Rússia devem merecer.
E porque "a melhor publicidade é o boca-a-boca", o "receber bem" deverá ser, segundo este responsável, outra obrigatoriedade. "Só temos uma hipótese de causar uma boa impressão: é a primeira."
Outro aspecto lembrado são ainda as chamadas "operações de charme". João Azevedo Mendes garante que investir a este nível "vale a pena."
Já Ana Sofia Oliveira, da ViniPortugal/Wines of Portugal, destaca que o maior problema ao nível do enoturismo português é a "falta de coordenação e de oferta que seja suficiente a nível regional." Um casal "que venha de um país qualquer e queira passar uma semana" vai encontrar "dificuldades em preparar a viagem." Falta ainda "dinâmica que faça uma pessoa passar mais do que um fim-de-semana numa região."
As regras que esta responsável veio partilhar na Bairrada passam por "conhecer o público" e preparar um "programa para cada público." Afinal, "uma prova de vinhos hoje já não é suficiente para atrair" um visitante.
É ainda importante "criar uma clientela e fidelizá-la", exigindo-se sempre um trabalho de follow-up, no sentido de "manter contacto, ver se precisa de mais informações e mostrar-se disponível."
Figuras do Norte a Sul do país reunidos na Bairrada
As duas comunicações aconteceram hoje à tarde, na Adega Campolargo. Foi o fechar de dois dias da acção de sensibilização "Da produção vitivinícola ao enoturismo", promovida pelo Turismo de Portugal.
A iniciativa era aberta a proprietários, gestores e técnicos de unidades de produção vitivinícola e de enoturismo. O limite máximo era de 40 pessoas, tendo registado casa cheia.
Os participantes chegaram de Norte a Sul do país, mas não faltaram também representantes da Bairrada, por parte da Adega Cooperativa de Cantanhede, Aliança - Vinhos de Portugal, Caves do Solar de São Domingos, Manuel dos Santos Campolargo, Quinta do Ortigão e Comissão Vitivinícola, entre outros.
A acção de sensibilização tinha como objectivo "capacitar os referidos agentes em matérias como a procura e segmentação de mercado, visão estratégica do negócio e comunicação e marketing, com vista à identificação das potencialidades de transformação de espaços de produção vitivinícola em espaços de fruição enoturística e à melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados."
in: bairrada-wines.com
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